Pelas Tabelas

Mais uma vez recorro a Chico para revelar meu estado de espírito. Sim, caro amigo, estou literalmente pelas tabelas. Derrubada por uma tendinite no braço esquerdo, contratura muscular na cervical e uma dor de cabeça recorrente. Prescrição médica: uma pilha de remédios + fisioterapia. A isso, soma-se o cansaço pelo excesso de trabalho na Câmara, a correria para dar conta do que antes era feito com o auxílio de mais dois colegas; um freela com muitas demandas, além da monografia de conclusão da especialização em História, Comunicação e Memória do Brasil Contemporâneo.


Mais uma vez também utilizo o período de aula (última disciplina, do curso, por sinal) como momento de inspiração para fluir a escrita. Parece-me o único tempo “livre” de que disponho atualmente. Afora as obrigações profissionais e acadêmicas, há uma série de decisões a serem tomadas, cujas alternativas trarão mudanças.

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Medo ou expectativa?

(Utilizando o mesmo questionamento da minha cara pupila, pois nada é ensinado sem que recebamos algum aprendizado em troca).

O frio na barriga é inerente ao voo rumo ao desconhecido. E de que servem as asas do centauro sagitariano, senão para alçar corpo e alma nas mais diversas direções?


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“Ando com minha cabeça já pelas tabelas
Claro que ninguém se importa com minha aflição

Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela
Eu achei que era ela puxando o cordão

Minha cabeça de noite batendo panelas
Provavelmente não deixa a cidade dormir
Quando vi um bocado de gente
Descendo as favelas
Eu achei que era o povo que vinha pedir”





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