As libélulas estão de volta

Descaso. Essa é a palavra que define a atitude, ou melhor, falta de atitude de uma jornalista com seu próprio blog. A contar do último post, foram mais de seis meses de silêncio. Sem uma palavra, uma fotinho sequer... Mas não pensem que as libélulas não estavam por aqui, querendo alçar voo. Muitas e muitas vezes tive vontade de escrever, ensaiei mentalmente alguns prólogos. Faltou-me tempo e também atitude.


Muitas coisas aconteceram nesses últimos meses. Mais trabalho, muito mais responsabilidades e bastante dedicação. Do início permeado de incertezas, há pouco obtive algumas respostas de que estamos no caminho certo. A batalha, porém, é árdua e contínua.

Embora as atividades profissionais tenham se sobressaído às demais nesse período, muita coisa bacana aconteceu fora da abrangência do legislativo hamburguense. As férias no Uruguai, por exemplo, encontros com amigos, conversas em mesas de bar, projetos que ainda estão no papel, planos para o futuro. Ficou para trás, no entanto, a vontade de transformar isso em milhares e milhares de caracteres.

Retornarei aos poucos. Conforme a escassez do tempo, dividido entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, o pequeno refúgio da Santana e a república são-luizense, permitir.

Gato escaldado


Já diz o ditado: gato escaldado tem medo de água fria. A metáfora, obviamente, não diz respeito aos felinos, mas aos humanos, que a qualquer sinal de intempéries já se armam de suas proteções.

Quem nunca fez uma grande burrada, sofreu uma decepção amorosa, teve uma ideia brilhante – que não passava de um pensamento estapafúrdio? Situações que hoje nos fazem pensar 359 vezes na hora de agir, de falar. Que vão criando barreiras até formarmos uma carapaça quase que impenetrável.

As vezes, porém, esse escudo que carregamos nos torna tão pesados que nos impede de seguir adiante. Por isso, chega um momento em que devemos nos livrar dessa carga. De mandar às favas as convenções e o bom comportamento. De dizer o indizível e de publicar o impublicável.