Tempo de minh'alma

Em meio a teses, histórias e historiografia acerca do jornalismo, os pensamentos correm à solta. Vem-me a reflexão dos dias frios e chuvosos que antecederam as férias. Ora, o tempo continua instável. Na última semana teve variação de mais de 20 graus. O tempo da minha alma, porém, é outro. Bem mais leve e ensolarado que outrora.

Tudo o que antes me era incômodo agora jaz no fundo das gavetas. Não em espaços físicos, mas naquelas que ficam devidamente arquivadas nos confins da nossa mente. De acesso mais difícil e atribuição de aos poucos transformar lembranças em imagens insípidas, incolores e inodoras.

As aulas me inspiram. Suscitam a vontade de externar o que dificilmente se revela verbalmente. Mas, de acordo com minhas queridas convivas, através de olhares ou caras de incógnita. Entre risos e letras de música que, diga-se de passagem, situam-se na prateleira mais acessível e estão sempre ao meu alcance.

Volto ao convívio acadêmico tal qual a criança que retorna das férias (passadas em alguma praia, fazenda ou na casa dos avós) cheia de histórias felizes, curiosas, engraçadas e até ridículas. Muitas delas com o mesmo viés infantil de início, meio e fim. Outras, entretanto, que certamente terão desdobramentos.

*Escrito em 21 de agosto de 2009. 

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