Memória eleitoral

Em dias de imersão nas teorias e conceitos sobre mitos e imaginário, relembro fatos e momentos marcantes da política nacional ocorridos nas últimas décadas. Ao longo dos anos, minha memória, especialmente a musical, acumulou uma dezena de jingles e também slogans de candidatos às esferas municipal, estadual e federal.

Confesso que acompanhar o dia a dia de uma casa legislativa, de certa maneira, tem me decepcionado. É a confirmação da mediocridade que permeia o fazer político, mas que felizmente não se estende a toda categoria. Pior, considero, são aqueles que gritam aos quatro ventos que odeiam a política. Como se suas vidas, não tivessem nenhuma ligação com atos governamentais ou com a burocracia do Estado.

                                                                              O Analfabeto Político
                                                                                       Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

A proximidade das eleições gerais deste ano faz acender em mim o antigo gosto pela coisa. E mesmo que a esperança e a torcida por esse ou aquele candidato não tenham a intensidade de antes, seguirei acompanhando, com gosto, debates e programas eleitorais. Quanto às pesquisas? Ah, essas é melhor ficarmos sempre com os dois pés atrás.

1 comentários:

Fernanda disse...

É, trabalhar entre os espertos medíocres desse meio tão tristemente politiqueiro é pra acabar com a esperança mesmo. Ou reduzi-la a uns farelinhos... Mas concordo que sejamos todos nós políticos, e todos dependentes de política. Pior é, mesmo, "odiá-la".

Dani, viu só? Até consegui aparecer por aqui, ainda que rapidinho. Saudades de ti e das gurias. Um grande beijo!